sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ah, qualé, todo mundo já fez poesia!

Todo mundo mesmo.
Todos já se meteram a besta e arriscaram escrever “pensamentos” em suas agendas. Quando não, lascavam o Soneto de Fidelidade na contracapa do caderno, em plena sétima série! Sem nem ao menos saber do que se tratava!
Ah, mas quem nunca escreveu versinhos sem pé nem cabeça e jurou que eram versos livres sobre seus sentimentos?
Quem nunca fez rimas infundadas somente para... rimar?
Você aí que está lendo! Lembrou agora? Mas agora vai lembrar.
Quem, eu disse, quem nunca fez um acróstico com o próprio nome e o nome da pessoa amada?

Como viverei
Oh, meu amado!
Rimando no Blog
A
gora afetado
E sempre serei
Mulher do marquês!
Um acróstico
Ridículo.
Inútil talvez
Lembre-se, amor
Ontem já passou.

Envolvida no mundo da poesia barata e no mar das rimas pobres (Afff...), resolvi por conta própria me assumir poeta de meia tigela.
É menos ridículo que se eu me levasse a sério.

Quando uma amiga me mostrou um poema de sua autoria intitulado “O Vento”, vi ali a oportunidade de liberar o meu lirismo (e por que não sarcasmo?).
Graças a “O Vento” de minha amiga, que falava sobre a sutileza das brisas, arranjei inspiração para criar minha obra-prima de mesmo nome, mas com a convenção das rimas e um final mais interessante.

Com vocês, o famoso poema:

O VENTO

Aquele vento que vem forte
Num estrondo violento
Pode ser tão rápido
Pode ser tão lento

Aquele vento que vem forte
Quando vem sem aviso
Pode causar espanto
Mas nunca causa um sorriso

Aquele vento que vem forte
Aquele que causa medo
É o vento da morte
Que se chama peido

Cora Rufino (sua trovadora)

Telefone para contato: zeroperadora onze...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

eu e o magistério

Minha prima pediu que eu a ajudasse com as tarefas de Inglês.
Mas nunca tive paciência para explicar as coisas. Nunca soube, na verdade.
Então fui.

Era começo da tarde, eu tinha acabado de almoçar, precisava só ajudá-la a responder questões de verbo To Be, nada de mais. Comecei:
- Vamos conjugar o verbo: I am, you are...
Vendo que ela não tava entendendo nada, resolvi reforçar a base: o português
- Nabirra, você se lembra como são conjugados os verbos?
Ela fez que não.
- Mas você sabe o que são verbos não é?
Ela fez que sim
- O que são verbos então?
Ela não fez nada.
- Me dê um exemplo de verbo.
E ela disse:
- Cadeira!

Percebi então que ser professor era um exercício de... sei lá o quê. Como ensinar inglês se a garota da sexta série não sabia o que era verbo?
Enquanto isso minha tia ria aos berros:
- Hahahaha! Eu cadeiro, tu cadeiras...
Mas também resolveu dar uma mão:
- São ações, como pegar, correr ou fenômenos da natureza como chover, ventar, nevar...
Eu perguntei:
- Nabirra, me dê um verbo que seja um fenômeno da natureza.
Ela respondeu:
- Pegar.
- Não, Nabirra! - disse a tia já P da vida - Ventar! Agora diga uma ação que as pessoas fazem.
Ela respondeu:
- Ventar!
- Não, Nabirra! As pessoas não ventam! - e tia falou - as pessoas peidam! Eu peido, tu peidas..
Depois daquilo decidi retomar a aula.

Quando saí de lá era noite. Fiquei feliz por ter passado a tarde inteira com minha prima e tê-la ajudado com a tarefa de Português.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Coraline e o Mundo Secreto


Ai, eu vi!
Eu vi o trailer de Coraline.
Agora o mundo vai saber o drama de pessoas que são chamadas de Carol porque as outras pessoas simplesmente SE RECUSAM a aceitar a existência de um nome similar.
É isso aí, Coraline! Torço por você!

Agora falando um pouco sério...
Tô com um medo dessa adaptação. Neil Gaiman viaja na maionese mas Coraline não é uma história infantil, e não gostaria de assistir ao filme dublado, com crianças gritando na sala de projeção.
Mas fazer o quê?


Mas o livro é tão bom...


PS: Hoje mesmo, no oftalmo, a secretária me chamou de Carol. Não que isso importe para vocês, mas é só para avisar que eu atendi ao chamado dela sem corrigi-la, porque estou planejando mudar meu nome aos poucos.
E dominar o mundo!
Na sexta série uma colega perguntou porque que eu não gostava de ser chamada de Carol, assim, como se eu estivesse errada.
Só sei que se eu chegar na fila da bilheteria e alguém falar:
-- Moça, vê duas meia pra CAroline!
Eu mato.