quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Meu amigo oceânico


Conversando com o Arthur ele revela:


-- Sabe... eu queria morar naquela parte escura do mar. Lá no fundo. Bem fundo! Aquela parte onde só tem peixe cego.
-- Os reinos abissais ou algo parecido?
-- É! Eu queria ter uma casa toda de vidro, toda iluminada. Em tudo preto e lá no fundo um ponto luminoso. Seria a minha casa! Já pensou? Eu veria os peixes passarem do lado de fora!
-- Ah, tá. É como se você tivesse um grande aquário do lado de fora. Porém os peixes não iriam te ver. São cegos.
-- Não. Eu é quem estaria no aquário! Pensa bem, quando um peixe está num aquário é porque ele está isolado em um ambiente que não é o dele. Então eu também estaria num aquário se morasse dentro de um vidro no fundo do mar e... Epa!
-- Que foi?
-- E se uma baleia batesse na minha casa?
-- E tem baleias nas zonas abissais?
-- Sei lá! Mas se ela batesse na minha casa? Ia quebrar! A água ia entrar e eu ia morrer!
-- Verdade! E agora?
-- Hum... eu ia morar numa casa de vidro, iluminada, no fundo do mar, com cerca elétrica.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Carta Solar

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Ia mandar uma carta pro Sol
No dia do Equinócio
Mas minha rotina de ócio
Impediu-me de enviar

Eu comprei até o selo
Escrevi com muito zelo
Mas o endereço do astro
Me esqueci de botar

Vou pedir pro astronauta
Que quando estiver no espaço
Entregue os meus abraços
E minha carta solar

E que leia em voz alta
Meus dizeres, meus versos
Para que todo o Universo
Se alegre com esse cantar

Minha varanda fica pro Norte
Somente com muita sorte
Verei essa gema distante
Brilhar com grande excelência

Se fosse virada pro Leste
Veria o corpo celeste
O Sol que é meu novo
Amigo por correspondência

Cora Rufino (01/12/2009)
Uma homenagem aos alunos de Conforto Ambiental I do curso de Arquitetura, que penam para entender como funciona a maldita Carta Solar!!