CRIADA (penteando-a) — Você é que é feliz: vai abraçar um homem, e beijá-lo, e sentir o peso dele!
NOIVA — Pare com isso.
CRIADA — E o melhor vai ser quando acordar, e sentir que ele está bem ao seu lado, com a respiração roçando os seus ombros, como se fosse uma peninha de rouxinol.
NOIVA (forte) — Quer ficar quieta?
CRIADA — Mas menina! As bodas, o que são? As bodas são isso, e nada mais. São os doces, por acaso? São os ramos de flores? Não. É uma cama brilhando, um homem e uma mulher.
(Bodas de Sangue – Federico García Lorca)
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