Um ser viajante, o beduíno
Traz um gesto genuíno
Ao entranhar-se nas lacunas
Do mundo, das altas dunas
Passou, ele, pelo oásis, mas não encontrou fortuna
Nem ventura
Conheceu um ser humano
Igual sua própria figura
Tão estranho o outro ser
Que era também tão outro seu
O viajante perdeu-se
Pela primeira vez
Quando achou o caminho da volta
Despediu-se em cortejo
"Sabe Alá quando eu retorno para ver quem hoje vejo"
Talvez breve, talvez nunca
E aproveitando o ensejo
Beijou a outra figura
Com a boca rachada do sol, da areia
da poesia leve e pura
Partiu pelo deserto de cascalhos meio mornos
Pensava com seus camelos
"Sabe Alá quando retorno"
Cora Rufino
3 comentários:
a menina
ensimesmada
escreve poemas
na tarde calada
e cita alá
mas seu coração pertence
a outros orixás:
oxalá!
duas iguanas
tão iguais
no deserto
de seus sonhos
animais
ensejaram
uma aventura a mais
afogadas
no mar morto
de cabelos
ignoraram aonde levariam
os camelos.
sem falsos pejos
buscaram a si e ao sol
entregando-se aos beijos
e dividindo o lençol.
Alá, olhava silente
por ventura permitindo
o vôo da serpente.
De um modo meio igual, todos os blogs de hj, choravam saudades...
Tá explicada a inundação que destruiu as cabeceiras da ponte: http://www.folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=114601
Roraima tb sente saudades,
volte quando estiver pronta,
te amamos.
Kyw.
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