Agora faço uma oficina de improvisação no sábado de manhã. Mas não consegui dormir cedo, como de costume. E com medo de não saber quando acordaria, passei a noite em claro... e o dia.
Depois ainda houve a mudança de casa, mudei de bairro, mudei de habitação mas não de hábito. Dormi "a las cinco de la tarde" e acordei meia noite. E cá estou, quatro e meia da manhã pensando.
Vou improvisar, então, um verso:
Minha boca pede um cigarro
Sou uma nova viciada
Durante a maré de quebranto
Pedia goles de água salgada
Eram lágrimas
Apagando brasas
Eram tragos
No balcão da casa
E de noite
Condessa Drácula
pensando agora
sem mácula
No cinzeiro
que estava o céu
na caladinha
da noite
fumaça
com gosto de mel
Eram lágrimas
Apagando brasas
Eram tragos
No balcão da casa
E de noite
Condessa Drácula
pensando agora
sem mácula
No cinzeiro
que estava o céu
na caladinha
da noite
fumaça
com gosto de mel
Um comentário:
quem ama a escuridão
estranhamente
em claro
passa a noite
faz casa na solidão
coração em brasa
e extrema unção
entre vício
e fumaça
a noite passa
pelo céu
sob o etéreo véu
sequer respira
sobrevive
a doce vampira.
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